Como sempre, para não fugir à regra seguiu para o seu PUB
preferido, de altos e baixos, e balcões altos, como de costume seguiu para o seu
canto preferido, sua cadeira preferida, chegava mais cedo até para não ter que se
chatear pelo “seu” lugar estar ocupado.
Esta noite em especial parecia igual, mas igualmente
diferente das outras, o mesmo garçom, o mesmo lugar, o mesmo balcão, o mesmo
chope escuro “batizado”, a banda parecia a mesma, as músicas irlandesas para dá
o clima, alguma coisa celta e lógico um pouco de rock pois ninguém é de ferro.
Cada um tem um motivo para sair à noite, a sua praia sempre
foi ficar ali no canto, ouvindo o som de tudo, inclusive das pessoas, dos
toques esquisitos de alguns celulares, as pessoas se alterando conforme vai
passando as horas, as palavras se tornam mais altas, as vezes chegam a parecer
insultos e brigas. E não são raras as vezes que isso ultrapassa o bom senso, e
as pessoas realmente se ofendem.
Na noite tem de tudo, casais aparentemente felizes, mas que
com o decorrer do tempo parecem se estranharem, o clima propicio para
“azaração” parece fazer com que uns e outros ultrapassem limites, em outros
casos olhares mal encontrados, distraídos, despretensiosos pode parecer um
flerte, e o outro lado ou do outro lado pode entender um pouco mais e o “pau
come” na maioria das vezes verbalmente e em outras literalmente.
Após seu quinto chope vermelho escuro, quando a névoa
provocada fazia as luzes também dançarem ao ritmo da banda, a bebida e outras
coisas para os mais “descolados” corria solto, o espaço se tornava pequeno e o
vai e vem dos garçons e garçonetes se misturavam com o vai e vem das pessoas
sempre em busca de alguma coisa ou querendo mostrar alguma coisa.
Então, ainda sentado no “seu” canto, observando a tudo e a
todos, ficava imaginando que poderia ali estar tomando o seu décimo chope e se
precisasse poderia até leva-la para casa se as suas pernas não mais
aguentassem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário