segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Não tenho medo

As pessoas gostam desta expressão “não tenho medo”, gosto de arriscar, afinal quem não arrisca não se destaca não consegue atingir seus objetivos, e para chegar lá não pode ter medo.

Quando ouço estas frases de autoajuda, lembro da canção do Roberto Carlos, “se chorei, ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi”. Então, na maioria das vezes é assim para tudo, no amor, na vida, no trabalho, as pessoas precisam de adrenalina, precisam se desafiarem a si mesmo, precisam pensar no andar de cima, precisam ultrapassar limites e se for o caso se atirar no abismo. Existe a necessidade latente de se confrontar com o seu “eu”, uma dose impulsividade na hora certa fará a grande diferença, entre conseguir ou apenas sentir as emoções do sofrimento.

Infelizmente com esta divulgação maciça que as pessoas devem deixar seus medos de lado e se atirarem nos seus desejos, construírem seus sonhos, se bancarem, muitos se precipitam, pulam antes da hora, acreditam que só “querer” é o bastante, não planejam os próximos passos e continuam a acreditar que “porralouquice” ainda é o menor caminho entre o presente e alcançar os seus objetivos.

Do outro lado estão os sem “fé”, cuidadosos demais, que nunca se arriscam, acreditam que se atirarem sem certos empreendimentos poderá causar a frustração, irão sofrer, então não precisam dessa dose de emoção, nem para a alegria nem para a dor, o meio termo está bom demais. Estão erradas? Dentro da ótica delas, não.

A minha opinião é simples, nem tanto ao céu, nem tanto a terra, devemos acima de tudo com a experiência saber entender a variável mais complicada nesta equação, que os americanos chamam de “timing”, ou seja, o momento certo, estar em sintonia. Não se trata de ter ou não medo, de sentir emoções ou não, ser feliz ou sofrer, trata-se apenas de fazer a coisa certa na hora certa.


Eminem - Not Afraid


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