terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Quero lhe mostrar todas as coisas boas da vida

Minha avó do lado da minha mãe era católica apostólica romana, eles gostavam de chamar assim, e também uma devota de Padim Ciço, que nunca foi santo e inclusive acabou perdendo os seus direitos canônicos e acabou pouco tempo atrás recuperando e já pensam em transforma-lo em santo, estas coisas da política. Voltando ao assunto em questão, minha mãe também católica, fervorosa, daquele negócio de terço em casa, procissão de Nossa Senhora, de Nosso Senhor e por aí vai. Todas participantes da igreja, cumpridoras dos deveres rituais, e por fim, acreditavam em Jesus Cristo e tinham uma fé inabalável.  Do lado do meu pai, até pela descendência italiana também eram todos católicos, mas, assim não tão praticantes, mas tinham fé, até meu pai peguei ele rezando por vezes ou outra. Logo fui, assim como meus irmãos, batizados, comungados e crismados no catolicismo, e pelo que sei ninguém ainda mudou de religião.

Claro, eu, assim como meus irmãos, guardadas as devidas proporções, não quer dizer porque não “trocamos” de religião que temos fé inabalável e participamos das rotinas da igreja. Da minha parte, me afastei muito, e me tornei um eremita no meio assim de tanta religiosidade, e aos poucos pude ver todos meus filhos antes católicos também se tornarem evangélicos e de certa forma serem todos movidos por muita fé, se dedicando de corpo e alma por uma das igrejas que ingressaram, assim, cada um num partido.

Então, dentro da minha família sou um alienado, alguém que não entende, se eu estivesse no filme de Harry Porter seria o “trouxa”, então depois de muitos anos fiquei descrente  com tudo que ai esta, acho que a religião da forma com que é colocada, da forma que é dirigida, tanta a católica como a evangélica, principalmente por esta última, como  não existe um comando geral e cada célula “trabalha” por conta própria procurando arrebanhar seus fiéis a todo custo, acaba alienando as pessoas,  acreditando não haver “vida” fora da religião, quem tem outros dogmas e outras crenças não é boa pessoa, quem diz que não acredita em Deus é o próprio demônio se manifestando, e quem acredita em outro Deus, este já não tem mais salvação se não se converter a fé cristã, a única verdadeira.

Apesar de todas as minhas ressalvas, existe algumas coisas boas que a religião consegue fazer, desde que esteja administrada por pastores sérios, objetivando o bem comum, desde que ela aja com objetivos sólidos e com ensinamentos verdadeiros mesmo que as vezes sejam mal interpretados.

Por que estou dizendo isso, então, dentro da época que estamos vivendo, onde se fala muito em tempos líquidos onde os sentimentos são frágeis, a troca é constante, onde o verbo “ficar” tomou uma outra conotação, onde ninguém é de ninguém (também não precisava ser) no sentido que os sentimentos como as pessoas são descartáveis, com tudo que ai esta, o mundo virtual acabou assumindo a frente das relações para o bem e para o mal. Então eu me deparo com estas religiões acabam ainda entre os seus instituindo a figura do propósito, onde o homem e a mulher se conhecem, se aproximam, fazem entre eles um “propósito” de se conhecerem por um período curto, onde o conhecimento apenas passa pelas atitudes, pelos comportamentos, o passado, o presente, procuram afinidades, observam defeitos e havendo um interesse mútuos realizam estre propósito por um período mais longo perante as famílias, onde vão se preparar tanto espiritualmente, como emocional e financeiramente para assumirem uma vida em comum, e isso tudo, durante todo este período sem que aja a chamada conjunção carnal. Nada de sexo.

Mais ou menos voltamos ao passado, onde mulher e o homem deveriam se “guardar” para consumar o encontro carnal após o casamento.

Então, sei lá, ainda existem pessoas que querem viver em tempos mais sólidos, ou não.


Justin Bieber - Beauty And A Beat ft. Nicki Minaj




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