domingo, 14 de fevereiro de 2016

Adoro o Jeito Como Você Mente

É claro que no início de uma relação existe uma beleza do desabrochar do amor. Nos momentos de paixão, dizemos coisas belas, que são reais naquele instante... Mas, apenas naquele instante.

Com o tempo, as mesmas coisas ditas se tornam obrigações a serem mantidas, criando tensão no relacionamento. Começamos, então, a lançar mãos de pequenas mentiras para evitar conflitos. E, sem perceber, passamos a viver um amor de mentira.

Você certamente já ouviu algumas destas frases:

- Claro que adoro visitar sua mãe, sei como é importante para você.

-Eu nunca tive tanto prazer com alguém.

Aos poucos as mentiras vão crescendo e começam a destruir o amor:

-Não sei aproveitar um passeio se não for como você.

-Nunca senti por ninguém o que sinto por você.

Uma coisa leva a outra e, quando menos se espera, você está preso em um emaranhado de mentiras. Afinal, já que você “nunca teve taaaaaanto prazer com alguém”, dos dias que não estiver a fim, vai se sentir na obrigação de pelo menos fingir que está. Já que você “adora visitar sua sogra”, vai se obrigar a fazer cara de feliz mesmo quando estiver “por aqui” daqueles almoços em família.

Como eu já disse, é lógico que as pessoas não aguentam mentir e fingir o tempo todo. Chega uma hora que cansa, não há mais escapatória, não há mais como esconder os sentimentos. Quando um dos dois começa a querer sair sozinho com os amigos, vêm as cobranças: “Você disse que só curte passear comigo, e agora vive saindo e me largando em casa? ”

Com tantas mentiras, cobranças e brigas, o relacionamento chega a um ponto que os dois não aguenta mais, e vem a separação.

Talvez, lendo isso, você logo pense: “Mas eu não minto! ” Será que não: Segundo Osho, “99% das coisas que nos rodeiam, são mentiras. Mas você se sente confortável com elas, sente-se acomodado. A verdade é que incomoda porque requer uma mudança radical”.

Olhas as histórias de outras pessoas pode ajudá-lo a perceber como funciona o mecanismo de mentir para si mesmo:

“De cada namorada eu exigia a mesma paixão, a mesma entrega, que ela me desse de volta toda a energia que eu estava dando. Assim, eu me sentia completamente preenchido. Mas era como tomar vinho quando se está com fome: a carência ainda estava lá, e aumentando, sem que eu me desse conta. A paixão acabava, mas o relacionamento se arrastava por meses, sem cor, sem emoção, até surgir outra pessoa. Foi duro ver que muito desse comportamento era para ter atenção e amor totais de uma pessoa por mim, coisa que não tive dos meus pais. Eles não me deram todo o amor que eu gostaria de recebido deles”.

Viu como é sutil? Como a gente nem percebe quando está mentido? Permita-se agora investigar mais profundamente a história dos seus amores. Olhe mais uma vez para as relações passadas e lembre-se dos pequenos detalhes, dos momentos em que você não sentiu à vontade, em que alguma coisa parecia desconfortável.

Talvez aí estejam as pistas de que você, muitas vezes, não foi verdadeiro consigo mesmo nem com o outro. A gente pode inventar mil disfarces, mas o fato é que o coração sente mesmo aquilo que não está escancarado. O coração é sábio. Impossível engana-lo.


Trecho do livro de Prem Milan – Por que você mente e eu acredito?


Eminem - Love The Way You Lie ft. Rihanna






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