Claro que a figura do Zumbi se trata (ou não) de um folclore.
Já nos rituais necromânticos haitianos ligados a religião vodu a ideia é
subjugar outras pessoas, então o conceito de morto vivo ganha uma outra
dimensão, onde seres humanos são controlados por outros para realizarem certas
ações.
Na verdade, não quero discutir este assunto, nem da religião
vodu e muito menos dos filmes de terror onde o Zumbi é o personagem principal.
Neste primeiro dia de ano, onde sempre as pessoas adoram
utilizar como início de uma nova etapa na vida, mudanças de hábitos, de vícios,
empregos, de vida, de sexo, sei lá mais o que, mas esta é a ideia, acreditar
que tudo que passou joga-se fora e começa tudo de novo. Infelizmente esta
ilusão dura muito pouco, e o livro velho escrito no ano anterior aos poucos
começa a “manchar” o livro novo e não dá para desassociar, tudo continua, o
fluxo segue.
Os problemas vão continuar os mesmos, guerras por
ideologias, por religião (que não deixa de ser uma ideologia), refugiados,
crianças morrendo na guerra ou de fome e mesmo assim o ser humano continua a
cultivar o “crescei e multiplicai-vos”. Aqui na nossa terrinha Brasilis, mais
um ano e os problemas serão os mesmos do ano anterior, cada dia descobrindo
novas doenças, e depois de quase 20 anos aparece a vacina contra 3 tipos de
dengue e imaginem, por enquanto, a partir de maio só nas clinicas particulares
ao preço de aproximadamente 200 euros. Então, não dá para ter esperança mesmo.
Como dizia o Paiva, Feliz Ano Velho. Não passamos mesmo de
Zumbis, já morremos e não sabemos.
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