Nunca estaremos preparados para perder alguma coisa, muito
menos para perder alguém.
Desde muito cedo somos criados pelos nossos pais a cultivar
coisas materiais, a cultivar pessoas, tê-las como uma “propriedade”, seus pais,
seus irmãos, sua namorada (o), sua mulher, seu marido. O nosso cérebro é
preparado apenas para ter e nunca para perder, como se um dia realmente nosso
fosse.
Ledo engano, tudo de nós será tirado (tudo é um empréstimo
que será cobrado), mais cedo ou mais tarde, ou pela vontade própria ou do
outro, ou pelo inevitável, pela morte. Então iremos sofrer, não vamos
acreditar, vamos nos revoltar contra todos, contra “Deus” e contra o “diabo”,
vamos achar injusto, e o caminho segue.
Somos efêmeros, somos poeira, e insistimos que temos de ter,
e mais ainda não podemos perder, uma verdade que demoramos sempre mais do que o
necessário para aceitar.
Em nossas cabeças, sempre que “perdemos” alguém
principalmente, gostaríamos de ter mais uma chance de dizer algo que nunca
falamos, ou que ficou faltando, que poderia ter sido diferente. Mas é tarde
demais, sempre é tarde demais depois que já se foi.
Então vamos compartilhar agora em vez de ficar guardando, já
que a perda será inevitável.
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