Ela nunca nos deixa. Para onde formos, na idade que
chegarmos vamos traze-la conosco para que de vez em quando possamos nos lembrar
do que fomos um dia, e esta criança, mesmo que a nossa infância não tenha sido
a melhor do mundo, mesmo que tenha havido contundências vamos acabar
preservando o lado inocente de tudo isso, o lado alegre, o lado irresponsável,
onde não se pensava em consequências.
Nos tornamos adultos e nos perdemos para as regras, para as
amarras de nossas camisas de força que usamos e nos recusamos a retirar, afinal
somos adultos consequentes, mas mesmo assim nos permitimos a preservar aquela
criança dentro de nós, mesmo que não tenhamos coragem de colocá-la em
evidencia.
As vezes podemos ver nos outros a demonstração latente da
criança que existe dentro delas. Não estou falando de certos adultos que
utilizam disso para serem chatos, infantis e o fazem de propósito,
principalmente quando usam e abusam da infantilidade.
Entretanto, aquelas que nos fazem ver no fundo dos olhos a
alma da criança, que não forçam uma situação, que são espontâneas, sabem rir de
si mesma, sonhe, cante, converse mesmo que seja sozinha, brinque, que não tenha
vergonha de por vezes parecer boba que saiba descomplicar a vida e mesmo com
todos os problemas tenham a leveza para viver.
Estas pessoas quando sinceras forem vou saber reconhecer e
quem sabe a minha criança não queira brincar com ela.
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