Dentro do conceito filosófico e psicológico existem duas
correntes extremamente distintas quando se trata deste assunto. Devemos dar uma
segunda chance? Devemos acreditar em uma segunda chance? Quando pedimos e somos
agraciados com uma segunda chance vamos realmente fazer tudo diferente, ou não?
Bem, uma linha mais liberal que provavelmente tenha como
base alguns capítulos da Bíblia é categórica em afirmar que o ser humano está
num completo estado de evolução, em todos os aspectos, inclusive espiritual,
ético e moral. Onde os Espiritas acreditam que somos almas em processo de
evolução e para tal temos de morrer e renascer várias vezes em muitos corpos
para continuar nosso aprendizado, onde uma vida só seria muito pouco. (Tem uns
e outros que nem em 100 vidas, mas esta é outra história).
Esta linha determina que não devemos julgar e penalizar o
outro pelo seu passado, pelos erros cometidos, e não acreditar que ela possa
mudar é não acreditar na evolução do indivíduo. Então esta linha é simples e
clara, todos merecem mais de uma chance na vida, todos podem mudar, todos podem
melhorar.
A outra linha filosófica, conservadora diz exatamente o
contrário. Não se acredita em segundas chances, porque nada volta a ser como
antes, as pessoas não mudam (teoria do Dr. House), quando se erra, mesmo depois
querendo acertar a marca já ficou, quando se perde uma oportunidade jamais se
consegue ela de novo.
Nem tanto ao céu, nem tanto a terra, eu fico no meio (neste
caso não se trata de mediocridade), precisamos se conhecer a nós mesmos,
autoconhecimento, e entender que tem coisas que realmente não tem volta e nem
podem ser mudadas, ter a sabedoria para entender e na outra ponta entender
também que as pessoas podem sim aprender com os erros, podem se arrepender,
tentar de novo, e encontrar potencial para mudar, fazer diferente.
Como diria São Francisco “ Senhor, dai-me força para mudar o
que pode ser mudado... Resignação para aceitar o que não pode ser mudado... E
sabedoria para distinguir uma coisa da outra. ”
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