Todo dia era a mesma coisa, ela acordava, olhava para o lado
e ele lá estava, ainda dormindo. Ela respirava e ficava olhando, talvez quem
sabe velando o seu sono, ou como na música tentando de alguma forma olhar para
dentro de sua cabeça e imaginar no que ele sonhava, talvez fosse algo bom, o
seu rosto estava tranquilo, mas será que era com ela que ele sonhava?
Ela precisava muito deste amor, e ele tinha que sempre está
um passo à frente, precisava muito desta demonstração de amor e de carinho e se
possível isso fosse levado aos extremos, imaginava que ele fosse assim como ar
que respirava, era essencial, imprescindível, ele era o dia e a noite, o pulsar
do seu coração, a única coisa importante, o resto não importava.
Era a alegria, a coragem e também o medo, mas, o desejo
latente de voar, ganhar os céus, percorrer caminhos, ele era esta força, a
força vital.
Ela precisava deste amor, sempre, contínuo, tudo passava a
ser diferente, era imenso, a sua presença já não era o bastante, e a sua
ausência era o caos. Imaginava não saber mais viver sem ele.
Ele abriu os olhos, um sorriso calmo se abriu, fitou os
olhos por uns instantes e como sempre lhe deu um beijo de bom dia, um abraço
forte e se não disse ficou implícito que a amava. E ela então mais uma vez
entendeu que ele jamais a amaria como ela, e por um momento se sentiu a mais
infeliz das mulheres.
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