A convivência sempre foi ótima, poderia até dizer que um
havia nascido para o outro. Eles se completavam, ele se sentia o mais feliz dos
homens, ficava envaidecido com a forma que ela expressava o amor, com palavras,
quando dizia que ela era para sempre dele, que podia morrer naquele momento e
seria a mulher mais feliz do mundo, tinha tido a felicidade que nunca imaginava
talvez um dia ter.
Em outros momentos, dizia que jamais poderia suportar a sua
perda, preferia morrer a ter que perde-lo. Além das palavras, os seus gestos, o
seu carinho, o seu comportamento, a sua amabilidade e sua atenção dava a
certeza que ele também era um privilegiado, afinal tinha a mulher dos seus
sonhos, aquela que ele nem sabia que poderia existir.
Então o amor eterno dura o tempo que tem de durar, e as
vezes um lado quebra, um lado rompe antes do outro, e o “amor eterno” se esvai
como a água entre os dedos, e ela já não morreria mais por ele, já não era a mulher
mais feliz do mundo, e simplesmente para ela tudo tinha acabado.
Quando isto acontece, o outro lado nunca está preparado,
pelo simples fato que as pessoas apesar das estatísticas e dos livros de
psicologia mesmo quando vivem as maiores paixões não pulsam ou não tem a mesma
frequência, talvez por um determinado tempo a as frequências se sobreponha e as
pessoas se sintam complemento deles mesmos. E quando a frequência de um começa
a pulsar noutra vibração existe um contraponto e sempre aquele que ainda está
na frequência antiga irá se sentir a pior das pessoas, uma pessoa rejeitada,
excluída, não dá conta do Facebook, mas da vida.
Ele, se sentiu assim, pois todo o rompimento causa um
trauma, toda rejeição causa um transtorno, o tempo passa, mas mesmo assim, ele
tentava imaginar que até que ponto a conhecia, ou nunca a conheceu. Mas a
verdade é uma só, ninguém no fundo conhece ninguém e ninguém tem um manual de
instrução e pode dizer que está preparado para perder alguém.
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