Não existe receita pronta, muito menos manual de instrução
quando se trata de relacionamento. Claro, psicólogos, terapeutas, analistas e
até sociólogos estudam muito em tentar entender e alterar as formas de
relacionamento com o intuito de ajudar que um relacionamento de certo ou chegar
à conclusão que o mesmo não tem mais jeito. Entretanto isto não quer dizer que
eles têm um manual de instrução escondido que não mostram para ninguém e só
utilizam quando provocados dentro uma terapia. Longe disso, como não existe no
mundo duas pessoas iguais, nem em aparência nem em comportamentos, difícil
elaborar uma cartilha padrão. Vamos imaginar que duas pessoas diferentes se
encontrem e queiram de cara encontrar a felicidade e que tudo dê certo. Isto
acontece. Em contos de fadas e algumas propagandas na televisão. Na vida real,
tem umas varáveis, que começa com dois indivíduos, famílias, dinheiro e
tempo. A partir daí tudo constrói ou destrói.
Quase em todo relacionamento que normalmente começa com a
paixão, as pessoas por um determinado momento têm seus olhos fechados, algum
tipo de química afeta o cérebro para ela perceba as qualidades do outro e negue
os defeitos, ou seja, fica claro, que se alguém se apaixona por outra pessoa e
existe uma reciprocidade nada pode dá errado, acredita que a outra a completou
e vice-versa, a perfeição se fundiu.
O tempo passa, a paixão continua, mas, então alguns detalhes
começam a incomodar, no início não eram assim tão evidentes, talvez até fossem,
ou não, o outro lado procurava disfarçar, mas, chega a hora que uma parte
acredita que para o bem de ambos é necessário apontar as diferenças que
incomodam. E neste momento começa o verdadeiro teste de duas pessoas diferentes
que por um tempo acreditavam ser iguais (e sem esta balela que os opostos se
atraem).
As pessoas mudam ou não, mas se tornam diferentes, algumas
foram sorrateiras, esconderam de propósito defeitos que já conheciam, mas
naquele momento tinham de esconder do outro, alguns nem tanto, deixam aflorar o
seu “eu”, que por um tempo ficou retraído, mas resolveu ocupar o seu lugar em
cena, em outros casos no curso do relacionamento o outro o fez mudar. Mas, tem
casos que as pessoas acreditam que o outro nunca poderá mudar, e se mudarem é
porque não houve amor e outras conversas do gênero.
Então, por egoísmo ou altruísmo, que gostaríamos de mudar no
outro? Acredito numa coisa, as pessoas podem ser exatamente como são, se nada
alterar nossa moral e nossa ética e se são apenas valores diferentes que os nossos
devemos usar para crescer, para aprender, mas, se acreditarmos que as
diferenças são gritantes e insuperáveis, simples, com tantas pessoas no mundo e
todas diferentes, o negócio é arrumar alguém digamos cinquenta e um por cento
compatível, os outros quarenta e nove por cento vamos convivendo.
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