As pessoas gostam desta expressão “não tenho medo”, gosto de
arriscar, afinal quem não arrisca não se destaca não consegue atingir seus
objetivos, e para chegar lá não pode ter medo.
Quando ouço estas frases de autoajuda, lembro da canção do
Roberto Carlos, “se chorei, ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi”.
Então, na maioria das vezes é assim para tudo, no amor, na vida, no trabalho,
as pessoas precisam de adrenalina, precisam se desafiarem a si mesmo, precisam
pensar no andar de cima, precisam ultrapassar limites e se for o caso se atirar
no abismo. Existe a necessidade latente de se confrontar com o seu “eu”, uma
dose impulsividade na hora certa fará a grande diferença, entre conseguir ou
apenas sentir as emoções do sofrimento.
Infelizmente com esta divulgação maciça que as pessoas devem
deixar seus medos de lado e se atirarem nos seus desejos, construírem seus
sonhos, se bancarem, muitos se precipitam, pulam antes da hora, acreditam que
só “querer” é o bastante, não planejam os próximos passos e continuam a
acreditar que “porralouquice” ainda é o menor caminho entre o presente e
alcançar os seus objetivos.
Do outro lado estão os sem “fé”, cuidadosos demais, que
nunca se arriscam, acreditam que se atirarem sem certos empreendimentos poderá
causar a frustração, irão sofrer, então não precisam dessa dose de emoção, nem
para a alegria nem para a dor, o meio termo está bom demais. Estão erradas?
Dentro da ótica delas, não.
A minha opinião é simples, nem tanto ao céu, nem tanto a
terra, devemos acima de tudo com a experiência saber entender a variável mais
complicada nesta equação, que os americanos chamam de “timing”, ou seja, o
momento certo, estar em sintonia. Não se trata de ter ou não medo, de sentir
emoções ou não, ser feliz ou sofrer, trata-se apenas de fazer a coisa certa
na hora certa.
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