segunda-feira, 23 de maio de 2016

E nunca seremos realeza


Dias desses lia um artigo, como algumas culturas pelo mundo lidam com o erro. Para grande parte delas apesar do erro não trazer de imediato um resultado positivo, ele é encarado como deve ser, um aprendizado. Isto no mundo dos negócios, mas nada impede de ser uma extensão para a vida.

Nos Estados Unidos, o país é aberto aos erros, um dos termos usados para aquelas pessoas que já tentaram, tentaram e não foram felizes nos resultados, mas, continuam tentando. São chamados de empreendedores seriais.

Na Finlândia, os políticos criaram em 2011 o dia nacional da falha, nesta data cidadãos, empresários e autoridades são convidados a compartilhar as suas falhas perante todos.

Na Alemanha, admite-se a falha, mas a consequência que ela deve ser corrigida de forma imediata, sem subterfúgios, sem postergações, exemplo disso as fraudes nos motores a diesel da montadora Volkswagen, assim que o problema foi descoberto o presidente foi a público admitir o erro mesmo isto custando sua carreira.

Já na Asia, quase como um todo, existe uma certa vergonha de se lidar com o erro, uma questão de honra, quem erra é visto com certo desprezo. Ou seja, quando um erro é descoberto, um envolvimento em corrupção é o fim, em muitas vezes eles se suicidam, não consegue conviver com a vergonha.

Bem, já no Brasil, o erro não é facilmente perdoável, mas, o nosso jeitinho de improvisar, de enrolar, de dar desculpas, acaba contrabalançando. Somos ótimos em gambiarras. Dentro das empresas o erro não é muito perdoado, o que deveria ser de certa forma aceito, pois só acerta, quem arrisca e pode até errar. Entretanto na política, na maioria das vezes fechamos nossos olhos, aceitamos que se erre, que se roube, em nome de pequenas coisas, infelizmente a necessidade para alguns que é um bolsa família, e para outros nem tanto, mas isso torna estas pessoas reféns destes políticos, e uma outra grande classe, até inteligentes, esclarecidos, faz questão de não ver os erros, acredita que mudança de política é um retrocesso. Podemos caminhar para uma “venezualização”, mas estes donos da verdade vão continuar com os olhos fechados, apenas para não abrir mão de um projeto que não pode ser sustentado.


Não é o erro que levou a corrupção, a incompetência da Presidenta foi apenas uma forma de mostrar para todos os outros problemas, a corrupção sistêmica. Então se estivéssemos na Asia.


Lorde - Royals




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