Muita
gente chama de tradicional, ou seja, do jeito que as coisas eram, se respeita
uma tradição, sem mudanças. Dentro desta nomenclatura vamos entender que as
pessoas com mais idade digamos são assim mais tradicionais. Então, mas, não é
bem assim.
Segundo
sociólogos e psicólogos que gostam da fala de Bauman vivemos novos tempos,
tempos líquidos, nada tradicionais, se alteram de forma constante, assumem
novas formas, ou como dizia Caetano, “rapte-me camaleão, adapte-me”, e entre as
diferenças vamos encontrando as semelhanças, ou não.
Em
outras épocas se fazia muito “por debaixo dos panos”, as pessoas se assumiam
menos, não tínhamos de forma escancaradas as pessoas assumindo suas
preferências sexuais e emocionais por outras pessoas do seu mesmo sexo, que os
entendidos não neste sentindo, mas no outro, chamam de gênero. Hoje as pessoas
assumem, muitas porque estavam incomodadas em sua situação e precisam se
sentirem bem como são, e outras aderem como uma “modinha” e nem entendem muito
bem o motivo e vivemos assim, onde pelo politicamente correto “todo mundo” diz
aceitar de bom grado.
No
fundo sabemos que ainda existe muita resistência, então se invoca o
tradicional. Mas não é bem assim, pessoas jovens em muitos casos não aceitam e
não concordam, a maioria das religiões não aceitam e até abominam e vamos
vivendo nesta gangorra de fazer de conta que o preconceito não existe. Adoramos
uma hipocrisia.
Aproveitando
o clima, e os holofotes, a jogadora de rúgbi (nem sabia que praticavam este esporte
por aqui, o rúgbi é claro, eita preconceito) Izzy Cerullo recebeu um pedido de
casamento de sua namorada, Marjorie Enya após a partida na Rio 2016. E ela
disse sim. E pronta repercussão mundial. Sem medo de serem felizes. O amor é
lindo, ou não.
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