Os
tempos são outros, desde muito tempo você tem de agir de acordo com o
politicamente correto, não apenas porque é o certo, mas também porque a
legislação ficou mais criteriosa, e tudo que você falava antes, na maioria das
vezes não se tratava de nada mais ofensivo, tratava-se de uma brincadeira entre
amigos, hoje passou a ser crime e que poderá ser devidamente punido com as
regras estabelecidas.
Do
que estou falando? Simples, você chamar alguém com a pele mais escura de “negão”
tempos atrás não era nada demais, hoje dependendo da situação pode até ser
crime. Você podia chamar qualquer um de veado, e isto também não era nenhuma
ofensa, inclusive para os homossexuais assumidos. Hoje você tem uma grande
chance de ser punido pela mão pesada da lei, as vezes até a mão do ofendido.
Até falar que estuprar alguém, na base do deboche não era assim tão grave, hoje
em dia, até a palavra estupro não deve ser muito pronunciada, pode até dar
muitos mal-entendidos.
Não
vou dizer que sim e nem dizer que não, mas por pronunciar esta frase o deputado
Bolsonaro para uma colega, ainda em 2014, afirmou que não estupraria a colega
“porque ela não merece”. Claro, o deputado talvez não tenha pensado muito bem
no que disse, e ainda mais que a forma pejorativa, foi do tipo, que se fosse
para ele estuprar iria fazer com uma outra mulher que estivesse, quem sabe,
talvez, no nível dele e que a Maria do Rosário era, digamos, muito feia. Ou
talvez porque ela fosse do PT. Ou quem sabe porque ela usava óculos. Ou porque
ele preferia um gay. Vai se saber qual o contexto que ele tenha usado, e que
tipo de mulher o Bolsonaro acredita que merece ser estuprada.
Então,
a partir de agora, o STF aceitou a denúncia contra o deputado por apologia ao
estupro, e o mesmo passa a ser réu. Assim, quem fala demais acaba dando bom dia
a cavalo, como dizia minha avó, e o Bolsonaro agora vai ter que se explicar.
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