Houve
uma época, algum tempo atrás, que excetuando os grandes centros e capitais,
maior parte das cidades do interior do nosso País não tinha tantos prédios, as
pessoas viviam em casas na horizontal com grandes quintais e era uma verdadeira
minifloresta. Tinha além de arvores
frutíferas, canteiros de ervas (do bem, aquelas que acalma), brincadeira, tinha
de tudo erva cidreira, alecrim, e tantas outras e claro não podia faltar a
horta de fundo de quintal, que sempre tinha lá a alface, almeirão, salsinha,
cebolinha e outras.
Hoje,
em várias cidades, em muitos casos por opção mesmo, outros por medo da
violência marginal, muitos foram viver em prédios, condomínios, e tantos outros
com suas residências horizontais, resolveram optar por calçadas, pisos de
concreto, um melhor aproveitamento e o quintal de terra sumiu e também as
hortas, as ervas, as arvores e o verde.
Em
São Paulo, a paulistana Gabriela Nolon decidiu que gostaria de ter uma horta em
sua casa. E resolveu inovar, porque plantar apenas dentro do quintal, resolveu
plantar também na calçada em frente da casa e aos poucos pensou e porque não
compartilhar minha horta com os vizinhos e assim começou a Aorta Comunitária,
um projeto que estimula o plantio de mudas orgânicas de diversas ervas nas
calçadas. Quem adota uma horta recebe um tambor, que já é instalado na calçada,
já vem com terra, adubo e com drenagem. E tudo isso para incentivar a
vizinhança e quem sabe trazer um pouco mais de verde e mais verdura para mesa.
Então, no meio de tantas coisas ruins, algumas pessoas ainda têm tempo para
pensar no bem comum.
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