Pra
conseguirmos conviver no mundo moderno, fomos obrigados a nos adaptarmos dentro
de uma sociedade com várias regras, nem sempre justas para todos, entretanto é o melhor que tem. Não podemos sair por ai fazendo o que der na cabeça, somos
obrigados a cumprir muitas leis e não podemos jamais dizer que as
desconhecemos, entretanto noventa e nove por cento delas, são regras de
convivência básicas e a maioria delas fazem parte de um compendio maior, já
estavam na Bíblia e outros livros que alguns entendem serem regras de Deus.
Desde
muito cedo nossos pais (quase todos) nos ensinam estas regras, que devemos ser
bons, praticar o bem, não roubar, não matar e por ai vai, pois caso contrário
Deus vai castigar ou pior ainda vamos para o inferno, e o Capeta vai nos
queimar para a vida eterna e ainda nos cutucar com o tridente. Vamos crescendo
e começamos a entender que o castigo vem daqui mesmo, dentro da sociedade
existe uma constituição de poderes, de polícia, de justiça e somos julgados e
penalizados por aquilo que venhamos a fazer de errado. Estas mesmas
instituições têm por objetivo não só punir o indivíduo pelo mal realizado, mas
tem a ideia de retira-lo do convívio social por intermédio da prisão e
ressocializa-lo para que ele entenda que para conviver em sociedade ele não
pode cometer certas faltas. Muito bonito no papel.
O
que vemos na realidade que nada disso é possível, a cada dia mais e mais
pessoas praticam vários tipos de delinquências, alguns são detidos, (poucos), e
mesmo assim, nossas prisões estão todas lotadas e esgotadas e aquela questão de
ressociar simplesmente não existe. Enquanto alguns presos têm lá suas regalias,
a maioria é obrigada a associar a novos criminosos e dever favores a serem
pagos assim que conseguirem a liberdade, ou seja, jamais poderão sair do mundo
marginal, para outros virou opção e a vida segue.
Segundo
informação do STF 70% dos presos no Brasil são reincidentes, ou seja, a cada 10
presos, apenas 3 quando de sua liberdade não voltarão novamente praticar
delitos. Estes números podem até serem contestados, pois vai depender da
metodologia, do grupo, se são apenas das penitenciarias ou também dos distritos
policiais e prisões provisórias.
Mas,
o número é o de menos, e nem vamos discutir os motivos que levam as pessoas a
delinquirem, questão social, crise econômica, caráter, formação educacional,
cultura da delinquência (este negócio de cultura está em moda), entretanto,
infelizmente o Estado brasileiro como um todo ainda está muito longe de coibir
tudo isso, e a cada dia que passa os cidadãos de bem passam a sentirem
prisioneiros de todo este círculo vicioso. Antes que Deus nos puna, que Deus
nos ajude. Parece que ele está de férias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário