A passionalidade desde muito tempo está acima da
razão. Quem está apaixonado literalmente
perde a razoabilidade das coisas, se torna dependente, emotivo, carente,
ciumento e possessivo. Este último item determina a diferença entre a paixão e
o amor verdadeiro, apesar que muitos não concordem e acredita que não se trata
de posse e nem de ciúmes, e sim de cuidado, afinal quem ama cuida.
Quem ama não mata, já dizia a mini série da Globo de
1982, então, mas tantos matam alegando amor, paixão, são violentos pelos mesmos
motivos, perdem a razão, acreditam na posse um do outro em nome do amor e
cometem as maiores atrocidades. Em nome do amor infernizam, maltratam, buscam
razões para uma desconfiança, se tornam escravos dependentes das suas mentes
distorcidas que desconfiam de tudo e de todos.
Normalmente de lado a lado, as pessoas começam a
desconfiar que estão sendo traídas. Vamos abrir um hiato para entender o que
vem a ser traição nestes casos. Quando a pessoa acredita está sendo traída ela
logo pensa a sua amada ou amado nos braços do outro (a) trocando beijos
melados, abraços apertados, agarramentos e juntadas escandalosas, amasso no
carro e enfim roupas atiradas no chão e rolamentos nus em camas perdidas e
sussurros e gemidos e gozos viscerais. E vamos combinar, a traição pode ser
mais ou muito menos que isso, trata-se apenas de você ser convencido que a
outra parte jamais faria tal coisa e se aproveitando de sua confiança vai lá e
faz.
Claro, estamos falando da traição entre um casal, mas a
traição é muito mais ampla e em todos os sentidos, Judas estava lá para mostrar
isto, simples assim.
Mas, não estou aqui para julgar a traição, afinal isto
faz parte do ser humano, pessoas traem e são traídas, as vezes mais, as vezes
menos, e por vezes o traído acredita que a culpa é dele pelo outro trair, já
dizia Nelson Rodrigues “Perdoa-me por me traíres”.
Então, e além de tudo tem aqueles que acreditam que a
pior traição é trair os seus desejos, a vontade de viver, deixar passar as
oportunidades, tipo a música do Raul (medo da chuva). Cada uma sabe onde aperta
o calo.
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