Ele sabia que o seu relacionamento era complicado, não
entendia até quanto era amor ou era posse, desejo, vontade, coisa de homem que
ainda não sabe lidar bem os sentimentos. Devia ser isso.
Sempre acreditou que sentia algo especial, algo
diferente, e mais que tudo, queria ficar perto, mas ao mesmo tempo precisava de
espaço. Estes turbilhões se sentimentos bipolares não era o melhor para nenhum
relacionamento. Do outro lado, ela tinha certeza do que queria, mas, sempre foi
uma “lady”, jamais ultrapassou os limites, nem precisava, mostrava sempre o
quanto o amava, o quanto queria ficar com ele pelo menos para sempre, enquanto
durasse.
O tempo passava, e as indecisões continuavam, alguém
precisava fazer algo, e ela se foi, não para sempre, apenas para colocar as
ideias no lugar, tomar as decisões por ele, se afastar um pouco e faze-lo
entender o que realmente ele precisava, mas nunca deu isso a entender,
exatamente o contrário, que o tempo era dela, ela precisava entender o que
realmente queria.
Ele por um momento entendeu, ou não, aceitou, ou não, mas
apesar da dor, ou talvez porque não tivesse mesmo outra opção fez de conta que
era o melhor para todos. Parou um pouco e sentiu que gostava do que tinha
vivido até aquele momento. Entendeu que também ela tinha ido embora por sua
culpa. Entendeu que sempre fez as “coisas certas”, mas na maioria das vezes da
forma errada e deixou quase sempre a cabeça falar mais alto que o coração.
O sentimento era bom, mas não conseguia qualificar se era
amor. Mas, entendeu que mesmo sem promessas, sem respostas, mesmo sentindo
falta, acreditava que deveria espera-la; por uma vida, provavelmente não, mas o
tempo que fosse necessário. Mas, o tempo na maioria das vezes é inimigo, faz
esquecer os motivos, faz esquecer o rosto, faz esquecer o perfil, e tudo passa
ser uma vaga lembrança e o tempo faz outras pessoas se aproximarem. Pessoas
mais objetivas, mais dinâmicas, que sabem o que realmente querem.
Ninguém espera ninguém para sempre.
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