Quantas e quantas vezes acordamos no meio da noite,
assustados, com medo, as vezes o chamado suor gelado. Por vezes pode até ser
por uma gripe, uma febre que nos força a ter pesadelos, perder o sentido normal
e mergulhar em situações estranhas, nossa mente trabalhando e ao mesmo tempo
provocando sensações esquisitas que nos faz querer acordar e nem sempre poder,
nos tornamos refém de uma situação. O perigo real provavelmente não exista, mas
nosso cérebro é pródigo em nos pregar peças e a sensação é da mais pura
realidade.
As vezes os pesadelos vêm sem causa aparente, muitos
querem e procuram explicar os sonhos, inclusive os mais obscuros que nos dão
medo e chamamos de um pesadelo.
Como já dizia a letra da canção do Ney Matogrosso, quando
criança éramos, quando de sonhos ruins realmente acordávamos com medo, até
gritávamos, e nem precisando de desculpas tínhamos na maioria das vezes alguém
para se preocupar, para um abraço, para um carinho, para dizer que não era
nada, e de certa forma nós ficávamos tranquilos.
Nos dias de hoje já não é bem assim, os medos das nossas
noites passam a ser só nossos, ninguém para aquietar as palpitações, e com
saudade recordamos do tempo que ainda tínhamos isso e nem sempre valorizamos, e
que tudo isso ficou para trás. Os nossos medos de hoje, medos reais temos de dá
conta sozinhos, sem choro, ou se ele vier que seja quando ninguém veja, pois
temos de parecer fortes, afinal temos de abraçar e dá carinho para quem hoje
ainda é criança e precisa disso.
E olhando para trás, sabendo do que temos de fazer hoje,
a noite já não parece tão escura.
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