O
mal não escolhe as pessoas, ele simplesmente está dentro de cada um, as pessoas
têm a opção de utiliza-lo ou não, as vezes a diferença entre fazer o mal ou não
se torna imperceptível.
Escrever
sobre o mal, e ter a mídia no dia a dia publicando sobre tudo de ruim que está aí
é fácil, é uma fonte inesgotável, e a questão que a criatividade é enorme, e
mesmo quando se repete o mesmo mal, por vezes os requintes são diferentes,
chegam a serem sofisticados e as pessoas acabam se “chocando” (mentira) quando
isto acontece com pessoas de uma cultura melhor, com uma condição econômica
boa, como se o mal não pudesse existir em pessoas com dinheiro ou com cultura.
Dois
amigos, até num determinado momento acima de quaisquer suspeitas, vão até uma
balada numa boate aqui em Londrina, e poderia ser em qualquer lugar, não sei se
não acreditam que tenha condição de conquistar uma mulher pelos meios
“normais”, com palavras e atitudes ou são o mal mesmo. Então resolvem aplicar
um “boa noite cinderela” e “arrastar” a moça para um motel e definitivamente
estuprá-la com todos os requintes de perversão possível.
Já
em duas estâncias o jovem de classe média, acusado do estrupo foi condenado,
entretanto devido as suas condições financeiras continuava em liberdade
enquanto seus advogados recorriam.
No
último dia 08 de março recebeu a inscrição na Ordem dos Advogados do Paraná,
ironicamente no dia internacional da mulher. Até pela denúncia do fato e a
mídia noticiando a sua inscrição acabou sendo suspensa.
E
no final de semana foi novamente preso.
Uma
coisa é o fato do crime cometido. E no dia a dia os mesmos crimes são cometidos
e poucos personagens destas histórias de horrores são presos, e pouquíssimos
são condenados, inclusive porque em grande parte a vítima passa a ser ré, onde
nos menores do caso, é categorizado como estrupo consentido, e em outros a
vítima passa a ser a assediadora e por vezes ainda é considerada a estupradora.
A
outra coisa, que parece que a justiça só age sob holofotes.
O
mal é contagioso, cada vez que ele entende que pode agir sem punição, ou a pena
não seja em intensidade igual ele vai cada vez mais penetrando mais fundo, se
enraizando e em breve será considerado natural. Não entendam o mal como uma
entidade, como um demônio, deixe isto para as igrejas, estou falando do mal que
habita cada um, apenas como um sentimento.
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