Tem
algumas máximas que dizem que a pessoa só é feliz enquanto é inocente, e
citamos o exemplo das crianças, que de certa forma acredita no que os adultos
lhes passam, não tem motivo algum para desconfiar, para duvidar, então, a fé, a
crença inclusive naquilo que não vemos é um motivo de felicidade.
Com
o passar do tempo, aos poucos isto vai desmoronando, pois acabamos descobrindo
que “as nuvens não feitas de algodão” e as nossas crenças são facilmente derrubadas,
vamos tomando o chamado choque da realidade, e a realidade quase sempre é
cruel, cruel demais para alguns.
Trazendo
um pouco disso para nós mesmos, a questão de não saber muitas coisas sobre nós
e nossa vida nos coloca dentro de uma posição delicada, pois somos cobrados por
outras pessoas a tomar uma atitude, a ter uma opinião, temos de saber o que queremos a todo custo, e as vezes isto nem sempre é possível, podemos sim ter dúvidas
sobre muitas coisas, podemos acreditar que nossa zona de conforto não precisa
no momento de novas decisões, mesmo que ela não seja assim tão confortável.
As
pessoas ficam horrorizadas quando você dá uma de Glória Pires e responde de
imediato, sem pensar muito, “não sei”. Mas como? Você deveria saber, o não sei
incomoda muito as outras pessoas, elas precisam de uma resposta, e muitas vezes
você se obriga a inventar uma resposta, uma solução, mesmo que no fundo você
não tem a mínima certeza, mas você se obriga a responder para atender aos
desejos de outras pessoas que precisam que você se posicione.
O
pior de não saber, é achar que sabe, e viver numa “certeza” onde entre uma
“verdade” e outra ficamos com dúvidas, sem clareza, distraídos procurando
encontrar uma coerência com nossa decisão, e as vezes jamais encontramos. Sei
lá, podemos nem sempre ter toda esta razão, e o não saber naquele momento se
torna apenas uma reflexão para que no futuro tomemos a decisão certa, sem
porém, sem talvez, sem distrações. Ou não.
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