Eu já passei, bem ou mal, pelo processo de ensino. Não
sou saudosista e também não posso dizer que nada melhorou, mas quando eu
estudava lá no ainda primário éramos menos de 100 milhões, hoje somos mais de
200 milhões e as alterações na educação apesar de ter tido melhoras pontuais, está
muito longe de acompanhar simplesmente o crescimento vegetativo da população,
quanto mais atingir um nível de outros países, inclusive aqui no continente sul
americano, nossos vizinhos estão muito na frente.
Durante todo este período houve diversas reformas, mas
nunca o bastante para atingir um índice de respeitabilidade e suficiência. E a última
pesquisa do IDEB mostrou a distância das metas, a Pátria educadora deixou muito
a desejar, ainda estamos capengando, e nestes momentos quem dispõe de recursos
consegue dar uma melhor educação para os seus filhos e faz crescer o abismo
social, econômico e educacional.
Por medida provisória realizada entre quatro paredes e
alegando a urgência de sempre (não nego) se propõe mudanças em alguns casos
radicais pelo simples fato de uma hora para outra retirar da grade algumas
matérias tipo educação física, arte, filosofia. Tudo que é mais ou menos
“imposto” não pega bem, pode até ser a melhor coisa do mundo, mas se não passa
por um questionamento por uma consulta tende a causar vários transtornos, com
mais críticas do que aplausos, mesmo que fosse a cereja do bolo, e no caso nem
é.
Então “pensadores” do governo, tenham mais jogo de
cintura, não é porque temos pressa que temos de fazer tudo errado ou mais um
remendo do que uma mudança, infelizmente estamos num momento de sensibilidade a
flor da pele, qualquer cena de novela nos faz chorar. Certo Zeca?
Daft Punk - Get Lucky ft. Pharrell Williams, Nile Rodgers
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